Cientistas avançam na cura do Alzheimer
Pesquisadores descrevem que droga utilizada no tratamento de câncer melhorou rapidamente perda de memória e capacidade cognitiva em modelo animal da doença
AFP
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Cientistas ficaram surpresos com a velocidade com que a droga aplicada melhorou a perda de memória e problemas de comportamento
São Paulo - Um grupo de cientistas nos Estados Unidos acaba de dar um passo importante na busca por um tratamento eficiente para a doença de Alzheimer.
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Em artigo publicado nesta sexta-feira (10/02) no site da revista Science, Gary Landreth, professor da Universidade Casa Western, e colegas de diversas instituições descrevem que a droga bexaroteno foi capaz de agir contra diversos efeitos da doença.
O bexaroteno é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) do governo norte-americano e usado há mais de uma década no tratamento de alguns tipos de câncer, como no sistema linfático.
De acordo com a pesquisa, camundongos administrados com a droga apresentaram reversão rápida no quadro clínico com relação a efeitos danosos promovidos pelo Alzheimer, como perda de memória e prejuízos cognitivos. Segundo os autores do estudo, os resultados são mais do que simplesmente promissores.
A doença de Alzheimer decorre em grande parte da incapacidade do organismo em limpar o cérebro de fragmentos de proteínas conhecidas como beta-amiloide, que ocorrem naturalmente. Em 2008, Landreth e equipe descobriram que o principal condutor de colesterol para o cérebro, a abolipoproteína (ApoE), facilita a remoção das proteínas beta-amiloide.
No novo trabalho, os pesquisadores decidiram investigar os efeitos do bexaroteno no aumento da expressão da ApoE em camundongos modificados geneticamente para apresentar efeitos semelhantes aos promovidos pelo Alzheimer em humanos
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