sábado, 11 de agosto de 2012


Descoberta relaciona colesterol alto a maior risco de desenvolvimento do Alzheimer

CHANG W. LEE/THE NEW YORK TIMES
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NOVA YORK - A prevenção e o tratamento da forma mais comum de demência acima de 65 anos podem esta mais próximos de serem alcançados. Cientistas descobriram novos cinco genes associados à doença de Alzheimer. Um dado interessante da pesquisa é a comprovação de que pessoas com colesterol alto e inflamação de vasos no cérebro são mais propensas a sofrer desse mal. Com o resultado desta investigação, já chega a dez o número de genes relacionados ao Alzheimer, todos identificados nos últimos anos. Os dados abrem caminhos para traçar novas estratégias contra a demência, incluindo o desenvolvimento de fármacos para frear ou evitar a morte dos neurônios no cérebro.
Em dois estudos independentes, publicados na revista "Nature Genetics", 300 cientistas analisaram os genomas (a informação hereditária de um organismo codificada em seu DNA) de 54 mil pessoas, com e sem Alzheimer, nos Estados Unidos e na Europa. O foco principal deles é a doença de manifestação tardia, que aparece em indivíduos com mais de 65 anos e corresponde a 90% dos casos.
Os cinco novos genes descobertos (MS4A, ABCA7, CD33, EPHA1 e CD2AP) somam-se a outros descritos anteriormente: CLU, PICALM, CRI, BIN1 e APOE. Este último, também envolvido no metabolismo do colesterol, eleva muito o risco de sofrer de Alzheimer.
- Se fosse possível eliminar os efeitos negativos de todas as dez variantes dos genes, seriam prevenidos 60% a 80% dos casos dessa forma de demência incurável - afirma Julie Williams, do Centro de Genética e Genômica Neuropsiquiátricas da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, e líder de um grupo de pesquisadores.
Os autores dizem que os novos genes marcam diferenças específicas em portadores de Alzheimer, incluindo variações no sistema imunológico e na forma como o cérebro controla o colesterol e outras gorduras no organismo. Durante anos os cientistas desconfiavam que altos níveis de colesterol e a inflamação no cérebro favorecem o aparecimento de Alzheimer. Agora a pesquisa genética parece reforçar esta linha de pensamento.
A investigação é a maior já realizada sobre a origem da doença de Alzheimer. Tanto que o médico Michael Boehnk, professor da Universidade de Michigan, declarou ao jornal "The New York Times" que a associação dos novos genes à doença é uma "evidência muito, muito forte". Gerard Schellenberg, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e principal autor de um dos projetos, afirma que, certamente, há outros genes envolvidos no Alzheimer e que eles ainda precisam ser identificados.
Ainda segundo os cientistas que participaram desse trabalho, os novos genes sugerem um novo processo relacionado ao desenvolvimento da doença: a endocitose, o mecanismo no qual as células vivas absorvem material; moléculas, pedaços de detritos ou outras células. No Alzheimer, haveria dificuldade para eliminar as proteínas tóxicas do cérebro.Casos vão duplicar a cada 20 anos
Até agora, os cientistas sabem que um dos primeiros sinais de Alzheimer é o acúmulo de proteína beta amiloide, formando placas nos neurônios, algo observado claramente no cérebro de cadáveres.
- Estamos começando a juntar as peças do quebra-cabeças e a entender melhor a doença - disse Julie, prevendo que, a partir dos novos dados, serão desenvolvidas drogas mais eficazes contra a doença, num prazo de dez a 15 anos. - O interessante é que os genes que conhecemos agora - os cinco novos, além dos anteriormente identificados - estão agrupados em padrões.
As descobertas dobram o número de genes envolvidos na doença, diz Richard Mayeux, diretor de neurologia do Centro Médico da Universidade de Columbia, dando aos cientistas muitos novos caminhos a explorar. A Organização Internacional de Doença de Alzheimer prevê que, à medida que as populações envelheçam, os casos de demência vão duplicar a cada 20 anos, atingindo 66 milhões em 2030 e 115 milhões, em todo o mundo, em 2050. E grande parte desse aumento, dizem epidemiologistas, será em países mais pobres.
O Alzheimer afeta pelo menos 5,4 milhões de americanos; e, de acordo com Associação de Alzheimer, uma em cada oito pessoas acima de 65 anos sofre desse mal, que tem grande impacto na vida social e econômica. Só os Estados Unidos gastam US$ 183 bilhões por ano cuidando e tratando desses pacientes. Na Grã-Bretanha, 500 mil pessoas vivem com a doença. No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer, são 1,2 milhão de pessoas com a doença.
- Em algum momento acredito que seremos capazes de prever esta doença na idade madura, porque é nesta fase que podemos intervir para diminuir o risco - diz Mike Owen, da Escola de Medicina da Universidade de Cardiff. - No entanto, quando esses testes forem desenvolvidos, a aceitação da sociedade para aplicá-los dependerá muito da forma como eles serão úteis em termos de tratamento dessa doença.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/descoberta-relaciona-colesterol-alto-maior-risco-de-desenvolvimento-do-alzheimer-2801498#ixzz23F3rS2YV
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terça-feira, 7 de agosto de 2012

A cura da doença de Alzheimer (!?)



A cura da doença de Alzheimer 


publicado em tecnologia por
Alzheimer Cura Doenca medicina
Alguns especialista estão a testar uma nova droga que poderá ter a capacidade de reverter todos os sintomas da doença de Alzheimer em apenas alguns minutos. Cientistas ingleses dizem que é ainda cedo para que se possam tirar grandes conclusões, uma vez que os testes somente foram feitos num reduzido número de portadores da doença, e não podem ainda ser generalizados ou encarados como uma cura de facto eficiente.

O tratamento envolve a injecção de uma droga chamada Enbrel - que normalmente é utilizada no tratamento da artrite - na coluna, junto ao pescoço. A actuação da droga passa pelo bloqueio de um químico responsável pela inflamação. Pelo menos um dos doentes que foi tratado com este composto viu os sintomas completamente revertidos em apenas alguns minutos, enquanto outros melhoraram substancialmente na incapacidade de memorização de factos recentes, com a administração de injecções semanais.
Diversos artigos saíram já nos media sobre este assunto. Para quem possui a infelicidade de contactar de perto com esta terrível doença, fica mais alguma esperança.