sexta-feira, 28 de setembro de 2012

RADICAIS LIVRES, ANTIOXIDANTES E ALZHEIMER


domingo, 1 de agosto de 2010Radicais Livres
Em geral, estudos indicam que os radicais livres podem estar envolvidos na patogênese da morte dos neurônios na DA. A geração de espécies reativas de oxigênio (ROS) pode ser induzida pela própria lesão tecidual, por isso não se sabe se este é um evento primário ou secundário. Mesmo se a geração de radicais livres for posterior a outras causas de início, os radicais livres são deletérios e parte de uma cascata de eventos que podem levar à morte dos neurônios, sugerindo que os esforços terapêuticos que visam tanto à remoção de ROS como à prevenção de sua formação pode ser benéfico na DA.


Essa produção excessiva de radicais livres causa danos aos sistemas de membranas neuronais, acarretando uma peroxidação de lipídeos e uma oxidação das proteínas de membrana. É discutida também a importância dos níveis elevados de ferro, que podem contribuir para a propagação do processo peroxidativo, liberando aldeídos tóxicos e hidroperóxidos lipídicos no citoplasma.
Esse dano oxidativo à membrana neuronal poderia desencadear uma deficiência na homeostase iônica (pelo aumento do influxo de cálcio e a inibição da Ca2+ - ATPase mediada pelo efluxo de Ca2+) e um consequente aumento dos níveis citoplasmáticos de Ca2+. Esses eventos ativam a síntese de óxido nítrico cálcio-dependente (levando a formação de ONOO- pela reação de óxido nítrico com oxigênio) e ativam, descontroladamente, as proteases cálcio-dependentes (por exemplo a calpaína).

A disfunção homeostática de cálcio contribui para uma disfunção mitocondrial (possivelmente aumentando as taxas normais de produção de O2-, levando a uma produção de OH- e/ou ONOO-. Essa cadeia de eventos pode explicar a disfunção das células nervosas e sua morte no cérebro de um paciente com DA: a membrana plasmática com ROS acaba gerando danos às proteínas de membrana, perda da homeostase de cálcio e uma disfunção mitocondrial, resultando em necrose.

Acredita-se que a modificação oxidativa do DNA nuclear e mitocondrial agravam a DA, e sua constatação é frequentemente utilizada como um marcador de estresse oxidativo. De fato, danos extensos do DNA mitocondrial foram observados quando as células PC12 foram expostas ao β-amilóide, mostrando uma correlação direta entre estresse oxidativo e danos no DNA: o DNA mitocondrial (DNAmt) é mais propenso ao dano oxidativo quando comparada com a do DNA nuclear (nDNA), pois o mtDNA está exposto a elevadas concentrações de ROS, enquanto o nDNA está bem protegido pelas histonas.

A doença de Alzheimer tem como uma das diferenças com relação ao processo de envelhecimento normal a elevada liberação de radicais livres no cérebro: no envelhecimento normal, as mitocôndrias naturalmente liberam radicais livres que, por serem altamente reativos, podem danificar a membrana do neurônio celular ou seu DNA.

A Trissomia 21 é um modelo de envelhecimento acelerado, que se explica pelo excesso de superoxidodismutase (SOD) - o gene da SOD está no cromossomo 21. O excesso de SOD leva a um excesso de H2O2 (radical livre) que ultrapassa as capacidades metabólicas das outras enzimas ligadas à degradação dos radicais livres. Isso poderia levar ao envelhecimento acelerado com surgimento de sinais histopatológicos da DA. Foi descoberto que a β-amiloide, que tem sua produção elevada em indivíduos com síndrome de Down, gera radicais livres em algumas placas neuríticas, o que pode potencializar o efeito oxidativo no cérebro, acelerando a degeneração neuronal.

Proteção contra ROS

Antioxidantes como o ácido ascórbico, vitamina E, glutationa, e β-caroteno podem interceptar ânions hidroperóxido e radicais superóxido, bem como os radicais hidroxila, limitando os seus efeitos tóxicos. Em geral, as combinações de vitamina C e vitamina E, são mais eficazes como antioxidantes em comparação com qualquer outro sozinho. Nestes casos, a vitamina E pode ser regenerada a partir de sua forma modificada oxidativamente pela reação com a vitamina C, que é relativamente mais abundante nas células.



Bibliografia:
http://cienciabrasil.blogspot.com/2009/10/papers-recentes-do-mhl-em-pdf.html
Oxidative stress and medical sciences (text-book, chapter 13)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9165306
http://www.sciencedaily.com/releases/1998/12/981209080830.htm

Postado por Luciana Nakanishi às 05:33

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Diagnóstico de Alzheimer surpreende britânica aos 52 anos


BBC

Diagnosticada aos 52 anos com mal de Alzheimer, a britânica Ann Johnson virou referência na luta contra doença degenerativa que ataca a memória e atinge mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo. No caminho, conheceu celebridades e chegou a se encontrar com o primeiro ministro britânico.
Ela já viajou pela Grã-Bretanha, dando palestras a profissionais de saúde e pacientes e participando de conferências internacionais, e também colaborou com a criação da campanha de conscientização sobre o assunto lançada pelo departamento de saúde britânico.
Como reconhecimento, Ann chegou a receber o título de doutora Honoris Causa da Universidade de Bolton.
No Brasil, cerca de um milhão sofrem do mal, que aumenta a incidência conforme avança a idade.
Estudos apontam que, enquanto um por cento dos idosos entre 65 e 70 anos têm demência (como também é conhecida a doença). Após os 90 anos, a incidência sobe para mais de 60%.
Há seis anos Ann se mudou para um centro de tratamento em Manchester, logo após ser diagnosticada com o mal. Nada fora do comum, se não fosse pela idade dela, 52 anos, considerada precoce para a doença.
Sintomas
Como ex-enfermeira e professora da Universidade de Manchester, Ann, agora com 58 anos, conhece bem os males da doença. Ela, inclusive, acompanhou de perto o sofrimento do pai diante da demência durante anos.
Por isso, ela teve facilidade em reconhecer os primeiros sintomas.
'Eu estava esquecendo de palavras, minha memória recente estava mal e eu me perdia quando saía de casa. Comecei a ter problemas no trabalho'. Ela se aposentou logo após ser diagnosticada com a doença.
Simples tarefas cotidianas como contar dinheiro, ter a noção do tempo e fazer compras se tornaram um desafio.
'O problema é que você não pode ver os meu problemas. Não é como uma perna quebrada. Você não noção, então é difícil para as pessoas entenderem', conta ela, que sempre anda acompanhada de um amigo.
Tratamento
O mal de Alzheimer não tem cura, mas o tratamento é capaz de retardar o avanço da doença e tratar os sintomas, que incluem perda da memória, problemas visuais, desorientação e mudanças na personalidade.
A professora de neurologia no Centro de estudo de demência na University College London, Nick Fox, diz que estudar os casos de demência precoce, como o de Ann, são muito importantes para entender as causas e apontar futuros tratamentos da doença.
Ela conta que estes sintomas nessa idade podem ser muito piores e as consequências, devastadoras. 'Eles podem enfrentar muitas dificuldades se a doença não for diagnosticada. As pessoas podem ter problemas financeiros em um momento que estão próximos da aposentadoria', diz Fox.
O que os especialistas sabem sobre o mal, que afeta a parte posterior do cérebro, é que proteínas começam a se acumular nesta região da cabeça, fazendo com que os nervos funcionem menos, até morrerem.
Ann toma remédios que impedem que a doença avance, mas ela sabe que eles não podem fazer com que o mal de Alzheimer regrida.
'Eu não penso sobre o futuro, é assustador. Eu vi o meu pai perder todas as habilidades, então eu vivo dia a dia. Eu escrevo uma lista e faço as tarefas', conta.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados.

sábado, 8 de setembro de 2012


Uvas vermelhas são ótimas aliadas contra o Mal de Alzheimer

Pesquisa norte-americana mostra que a semente da fruta atua contra os efeitos da doença que ataca o cérebro e protege a memória

Abril.com

Da Redação

Tamanho do textoA+A-
Substância fica na semente da fruta
Substância fica na semente da fruta

Alguns benefícios das uvas vermelhas para a saúde já são conhecidos. Sabe-se, por exemplo, que suas substâncias protegem o coração. Por isso o vinho tinto e o suco de uva são recomendados para evitar problemas cardíacos.

Uma nova pesquisa mostra agora que elas também são bem-vindas para proteger o CÉREBRO.

Uma pesquisa do Centro Médico Mount Sinai, em Nova York, nos Estados Unidos, descobriu que os POLIFENÓIS presentes na SEMENTE da fruta ajudam a tratar o MAL DE ALZHEIMER, diz a revista SAÚDE!.

A doença degenerativa elimina as funções cognitivas e é responsável pela perda de memória.

Com a descoberta, os pesquisadores analisam a possibilidade de criar suplementos com a substância. “Esses compostos têm conhecida ação antioxidante e, em tese, protegem as células do sistema nervoso”, concorda a nutricionista Adriana Kobayashi, de São Paulo.

No entanto, ela faz uma ressalva: “o estudo americano ainda não foi feito em seres humanos. Então, vamos aguardar mais pesquisas”.

Esta não é a única novidade relacionada às uvas.

Outra pesquisa americana constatou que vinho tinto protege o pulmão contra câncer.